E D I T O R I A L

"UMA PENA IMPARCIAL E DESTEMIDA"


Tema de hoje:


UMA PROEZA JOCOSA DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL


No ano de 1992, reivindiquei, através do Sindicato dos Bancários do Estado do Ceará, meus três por cento (Valor, em dinheiro, a me ser devolvido) de FGTS, pagos indevidamente; aos quais tenho direito a ressarcimento retroativo, a partir de janeiro de 1967. Era, então, devedor o Banco Nacional de Habitação-BNH; e, com a sua extinção, a Caixa Econômica Federal-CEF assumiu a condição de devedora.


Ora! Já se vão dezenove anos... Sim, 19 ANOS! Isto mesmo... E a Caixa Econômica Federal, tão "pobrezinha"... Coitadinha, vive a recorrer, durante estes anos todos, à Justiça, alegando que a quantia que lhe reclamo de volta, pode onerar os seus "desprovidos" cofres. Quanto a mim, não! Eu abarco, com anuência do Governo Federal, todos os lucros de participação, provenientes das movimentações pecuniárias, alusivas às tantas Loterias nacionais, das mais variadas... ($$$$$$...?).


Pelo tempo que venho aguardando ser ressarcido... dezenove anos... (!)... Acho, até, que meu Processo tramita numa outra Vara, que conduza causa familiar; com brigas entre herdeiros... Quando bastante um só deles se possa contrapor a uma só partilha; aí, tudo fica por conta do tal Espólio, durante muitos e muitos anos. E o meritíssimo Juiz da Vara competente (No meu caso) não se digna corrigir esta grande injustiça que me é imposta pela Caixa-CEF.


Porém, a razão que me instiga o desabafo, aqui, é haver tomado conhecimento de que a Caixa Econômica Federal-CEF acaba de perdoar R$ 1.480.000,00 (1,48 milhão, em reais), aproximadamente, em dívidas; as quais foram contraídas por calotes de usuários de sua Carteira de Habitação; quando das concessões de financiamentos de moradia própria. Não! Perdoar caloteiros não arca ônus algum à burra, tão "desprovida", dali, de sua Carteira Habitacional... (!). "Ora! Dá cá o que é meu, 'sô'... (!).




Costumam dizer, por aí, que a JUSTIÇA É CEGA! Por que? Se os poderosos são bem enxergues... Eles, sim, têem o vil metal, em abundância; pagam caríssimos advogados... E, em tempo relâmpago, safam-se de suas peregrinações, pelos fóruns, além. E, quanto a nós, pobres coitados? Ah! Só neste caso a Justiça é, absolutamente, cega. Pois, nós cidadãos de classe média à pequena, somos uns desgraçados, lisos... Recorremos à Promotoria Pública... E durante anos e anos, a fora, ficamos a mercê de que bons ventos nos possam soprar, favoravelmente, nesta caminhada triste, pelos corredores de um Fórum qualquer.


TENHO DITO !


Pedro Mallmann Filho - CAMILINHO