PELOS CAMINHOS DO SOBRENATURAL!
PRIMEIRO ATO
Presságio de um atropelamento.
Tudo começou no dia 1º de fevereiro de 1950, numa manhã de domingo, quando estava eu no velório do falecido avô de um amigo, que morava bem próximo, lá, da minha casa.
Ao me afastar daquele ambiente fúnebre, estive com meus dois irmãos e dois primos (irmãos), por alguns instantes, na calçada defronte, já bem agitada para o corso do enterro.
Subitamente, senti uma forte emoção em minh'alma, tão incomum, para um jovem como eu, aos dez anos de idade, apenas. Até, eu não entendia bulhufas sobre o que ser vidente.
Foi, então, quando eu sugeri à turma, para que nos deslocássemos até o alto do alpendre de nossa casa; pois, de lá, poderíamos assistir à saída do corso, com muita segurança.
Ao tentarmos atravessar a avenida (Dom Manuel), eu, à frente, já do outro lado da via, senti sobre mim um vulto negro de um carro, o qual me lançara, distante, a quinze metros.
Só, horas depois, eu recuperei os sentidos, chorando e com dores, deitado na cama de meus pais; para alívio da minha família, dos meus vizinhos e dalguns aflitos estranhos.
Eu vaticinei algo muito ruím para aqueles instantes, sem poder imaginar que eu mesmo seria a vítima do infausto acontecimento. Era início da minha jornada, como VIDENTE.
SEGUNDO ATO
Um meu contato real, em forma de sonho.
Certa vez, lá pelos anos idos da década de sessenta, residindo na cidade de Quixadá, eu tive um sonho, estranho e "quase" real, muito confuso. Foi, assim:
"""Bati à porta da casa de minha tia Georgina (Tia Dida, para os íntimos) e fiquei surpreso ao vê-la abrindo a janela; naquele sonho, colorido, Tia Dida estava linda, com rosado na face e vestida de branco...
- Tia Dida, a senhora não já morreu? (Perguntei-lhe)
- Não, só amanhã, meu filho! (Respondeu-me)
Assim, aquele pressagioso sonho acabou, sem que, ao certo, eu nem tivera, antes, notícias da minha tia; muito menos sabia que ela se encontrava doente.
No dia seguinte, numa segunda-feira, mal acabara de assumir o batente (Carteira Agrícola do Banco do Brasil) eu recebo uma breve linha telefônica, de Fortaleza. Era a minha mãe, Stella...
Diálogo:
- Meu filho, você está bem?
- Estou, minha mãe.
- Eu tenho uma notícia ruím pra lhe dar; mas, não é com seu pai, não.
- O que foi, mãe?
- A minha irmã Georgina faleceu, sua Tia Dida!"""
Na mesma ocasião, contei o meu sonho pra minha mãe, deixando-a bastante emocionada e impressionada; notadamente, porque nunca me haviam falado de que Tia Dida estaria enferma.
VERDADEIRAMENTE, creio que a minha linda Tia Dida chegou até a mim, como despedida, através daquele sonho real e colorido.
Pedro Mallmann/CAMILINHO
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