"24 de agosto de 2014" - Data do 64º ano do assassinato do Presidente Getúlio Vargas.
"Bota o retrato do Velho, senhor! Bota no mesmo lugar... Um sorriso do Velhinho, faz a gente se animar!" (Eleições/1050)
Doutor Getúlio Dornelles Vargas, o pequeno-grande gaúcho de São Borja (RS), foi Chefe de Estado, no "Governo Provisório" (1930-1934), após a intentona comunista de 1930; e permaneceu, assim, quando foi eleito, pelo voto popular, para o "Governo Constitucional" (1934-1937), até, fundado o "Estado Novo" (1937-1945); e, daí, Getúlio Vargas foi aclamado como Presidente de um "Governo Forte", para alguns, ou de um "Governo Ditatório, para outros; no dia 29 do mês de outubro, do ano de 1945, os generais Goes Monteiro e Eurico Gaspar Dutra, com uma nova Constituinte, depuseram Getúlio Vargas; depois, o Governo Eurico Gaspar Dutra, escolhido, se estendeu de 1946 a 1951; mas em 1950, Getúlio Vargas retornou à Presidência da República Brasileira, outra vez e através das urnas, sendo ovacionado nos braços do povo brasileiro; depois, no dia 24 do mês de agosto, do ano de 1954, foi morto o mais querido Presidente do Brasil, o grande Estadista Brasileiro, Doutor Getúlio Dornelles Vargas,
No quarto ano do governo do Presidente Getúlio Vargas, as fileiras dos "getulistas-trabalhistas", constituídas pelos políticos que defendiam o "Nacionalismo" e a "Industrialização Nacional", como sendo seus principais sustentáculos políticos, para o futuro brilhante deste país, passaram a sofrer agressões, terrível e sucessivamente, da parte das antidemocráticas alas dos "liberais-conservadores", aquelas que eram formadas pelos políticos da direita, liderados por um Diretor do Jornal Tribuna da Imprensa, da Capital do Rio de Janeiro, o jornalista e político, senhor Carlos Frederico Werneck Lacerda, integrante da reconhecida facção União Democrática Nacional-UDN; e, ainda, pelos políticos da esquerda, comandados por um líder comunista, senhor Luís Carlos Prestes, do Partido Comunista Brasileiro-PCB; o que levou o Governo Getúlio Vargas, tão perseguido e tão atraiçoado, ao insustentável caos político, mercê das mais nocentes e acirradas disputas de poder, entre os politiqueiros da época, no Brasil.
O episódio da morte do estadista Getúlio Vargas teve início, quando o chefe de segurança da guarda nacional do Palácio do Catete, sede do Governo Federal, no Rio de Janeiro, o senhor Gregório Fortunato, chamado "Anjo Negro", contratou alguns cacundeiros para apagar, definitivamente, a vida de Carlos Lacerda, o qual, neste planejado atentado, foi baleado somente na perna; mas o major Rubens Vaz, que estava em companhia de Lacerda, foi quem teve o infortúnio da morte, isto causando desacordos entre os militares; e, ainda, por razão dos violentos ataques de Carlos Lacerda, ao Presidente, sem que surgisse algum moderador, criou-se até um movimento antigetulista, entre os militares, em favor da imediata renúncia do Presidente Getúlio Vargas; assim, no dia 23 de agosto de 1954, Getúlio Vargas reuniu-se com todos os seus Ministros, e, então, cogitou-se na possível licença do Presidente Getúlio Vargas, até finda a investigação do atentado, contra o Sr. Carlos Lacerda e o major Rubens Vaz.
Na madrugada de terça-feira, dia 24 do mês de agosto, do ano de 1954, poucos minutos além das cinco horas, o irmão do Presidente Getúlio Vargas, Benjamin Vargas, chega ao Palácio do Catete e lhe dá a má notícia de que os militares queriam, mesmo, a sua imediata renúncia; tamanha foi a relutância de Getúlio Vargas, e, quando se dirigia para os seus aposentos, categoricamente afirmou ao seu irmão Benjamin "que só morto sairia do Catete"; instantes, depois, ouviu-se um forte e inesperado estampido, lá, para o lado do dormitório de Getúlio Vargas; foi mais que um grande corre-corre, um "deus-nos-acuda", até se ver que Getúlio Vargas estava em seu quarto, deitado na cama, abatido à bala, com um tiro certeiro no coração. Enquanto isto, aqui, em Fortaleza, no meu Ceará, às sete horas e mais alguns minutos daquela soturna madrugada, mal entrara eu em sala de aula, juntos, eu e meu colegas ouvíamos do alto das escadarias do Liceu do Ceará, gritos desesperadores: "Getúlio Vargas morreu... Getúlio Vargas morreu!"
1/2 DÚZIA DE DÚVIDAS QUE SUGEREM POSSÍVEL ASSASSINATO DE GETÚLIO VARGAS!
Primeira: Getúlio Vargas, populista gaúcho, vaqueiro destemido dos pampas, jamais se acovardaria diante daqueles que o elegeram Chefe de Estado da Nação Brasileira, com tão ignóbil gesto de covardia - a tão proclamada conduta suicida!
Segunda: Logo depois que se cogitou numa eventual falsificação daquela Carta Testamento do Presidente Getúlio Vargas, sugerindo-se que sua caligrafia fosse investigada por alguns peritos em grafologia, a carta original sumiu!
Terceira: O "Anjo Negro", Gregório Fortunato traiu o Presidente, induzido por outrem, ao mandar matar o jornalista Carlos Lacerda, sem que Getúlio Vargas soubesse de suas más e comprometedoras intenções criminosas.
Quarta: Os militares que apoiaram Getúlio Vargas, desde a intentona comunista de 1930, o largaram, julgando que o Major Rubens Vaz havia sido morto, a mando de Gregório Fortunato, sob anuência do seu Presidente.
Quinta: Um outro texto supostamente datilografado por Getúlio Vargas, bastante extenso e bem redigido, num tempo exíguo e aflitante para o Presidente, nos torna convictos de que aquela comovente carta é falcatrua.
Sexta: Hipoteticamente, na acepção das linhas finais do texto, à máquina: "Serenamente, dou o primeiro passo para entrar na eternidade e saio da vida para entrar na história", não diz bem, quanto à verdade de Vargas.
Minhas excelsas condolências aos que são as famílias, de hoje, "DORNELLES" e "VARGAS". Que DEUS as abençoe, eternamente!
Pedro Mallmann/CAMILINHO
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