Chegamos ao fundo do poço, nesta democracia inglória... (!)
Senti-me extremamente combalido ao ouvir, hoje, num noticioso de televisão, que magistrados brasileiros passarão, todos, a receber uma "ninharia" de quatro mil e setecentos reais, como auxílio moradia, inda que tenham ou não residências próprias, ou, mansões, casas de veraneio (rurais ou praianas), e.t.c., e.t.c. e tal.
Agora, estou curioso, esperando que algum pesquisador possa fazer um levantamento minucioso, a cerca do número exato de magistrados, da ativa, em todos os municípios brasileiros, porquanto essa classe, além de altos salários, tem regalias doutras benesses não menos avantajadas que esta, ora, reclassificada.
Há muito venho afirmando, em público, que, geograficamente, eu amo o meu país e por ele derramarei meu sangue, se preciso for; no entanto, eu tenho asco da minha pátria, em se tratando de política... Somente após décadas de anos é que passei a entender o por que de D'Gaule haver dito que o Brasil não é país sério.
A nossa democracia está agonizando, sem perspectivas do surgimento de um novo e poderoso estadista que possa moralizar o conceito dos costumes morais e éticos da vida pública brasileira, perante os governos internacionais; apagando a triste imagem de que, nós brasileiros, não temos respeito para com nós mesmos.
O auxílio moradia em questão afronta a dignidade de todo o cidadão brasileiro que, a custa de esforços quase sobrenaturais, sobrevive sob exaustivas horas de trabalho e minguados salários; especialmente, os desafortunados compatrícios que ganham míseros salários mínimos... e nem, ao menos, têm moradias dignas.
Estamos num "demoniocratismo" desumano, onde só os poderosos regem leis e algo mais, que lhes possam resguardar vantagens pessoais, em detrimento de todas as camadas trabalhadoras, brasileiras... Nós nos acomodamos a tantos aviltamentos da parte duma ala minoritária e a esta permanecemos submissos.
Pedro Mallmann/CAMILINHO
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