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Nos áureos tempos de minhas infância e adolescência, eu já me inclinava ao mundo dos meus escritos, espelhando-me, então, na deleitável escritura camoniana. Depois, aos pouquinhos, fui-me amoldando ao meu estilo, natural.
Em 1960, aos meus vinte anos de idade, fui grato partícipe do 1º Concurso de Histórias e Contos, do Banco do Nordeste (*), em Fortaleza, com apresentação de três escritos, meus, entre quais: "Eu acredito em Papai Noel" e "O Passarinheiro".
Num conto, descrevi a história de um negrinho, vendedor de pirulitos, que, à véspera do Natal, com ajuda do amiguinho rico, escrevera sua cartinha, ao Papai Noel, pedindo-lhe uma bola. O caboclinho dormira sobre o banco da praça, e, para sua grande surpresa, logo que acordara, viu e pegou a bola que o Bom Velhinho lhe deixara... Alegre, foi correndo, para mostrá-la ao seu bom amiguinho. Moral da história: É bem melhor fazer com que as crianças acreditem em Papai Noel, a se envolverem num mundo de tamanha violência e de tanta desgraça.
Num outro, a história dum homem, criador de passarinhos, que tinha o vizinho, sempre, a lhe importunar, condenando-o, por manter pássaros, presos, em gaiolas. Num dia de domingo, pela manhã, o vizinho se aproximara do passarinheiro, e, excitado, fez mais uma de suas inoportunas reclamações. Neste ínterim, a linda filhinha do vizinho surgiu, bradando: "Pai, a minha mãe está-lhe chamando, para torcer o pescoço do peru, da ceia do Natal. Moral da história: Melhor não ter a frieza para degolar perus, a condenar passarinhos, engaiolados.
Naquele memorável concurso, fui estreante. Fora a primeira vez que me atrevi a escrever, publicamente. Não logrei sucesso necessário para inclusão dos meus contos, num livro que seria editado pelo BNB. Mas, tive a alegria de haver sido galardoado com o título de "Menção Honrosa", pelos três contos, os quais emprestei, de certa forma, aos amantes da literatura brasileira. Dr. Antônio Barroso (Saudosa memória) fora membro da comissão julgadora; dileto amigo de meu inesquecível e amado pai, jornalista Dr. Pedro Mallmann, o "velho" Dom Camilo.
Ora, mantenho o Blog do Camilinho, para ajuntar as minhas bagagens literárias, que se avultam nos diversificados temas. Graças a este Blog, tenho a honra de ser colaborador, dentre outros mais ilustres, do Portal Messejana, a convite do nobre idealizador e criador do Instituto Portal Messejana - O homem danado para eventos sociais, o qual recebeu, em pia batismal, o nome de João Ribeiro da Silva Neto. Afirmo que, à sombra de um imponente homem, há o magnânimo coração de uma altiva mulher... João Ribeiro tem a sua grande dádiva, Dona Aliete.
Estas imagens estampadas, no cabeçalho, são dos dois livros de bolso, os quais me servem de amparo, nas horas em que mais preciso tirar as minhas dúvidas, quando eu estou escrevendo alguma coisa. Meu saudoso professor de português, Plínio de Sá Leitão (Anos idos de Liceu do Ceará) dizia, em salas de aulas, que: "Ninguém poderá falar que sabe tudo sobre nosso idioma português, jamais. Por isto há necessidade de nos atualizarmos, enfim, para esmero de nossos conhecimentos"... Tornei-me seu fiel discípulo! Obrigado, "Sô" Plínio (Onde quer que esteja)!
Recomendo estes mencionados livretes, aos nobres e pacientes seguidores do Blog do Camilinho. Recomendação que se estende aos ilustres leitores e acompanhantes do Portal Messejana.
(*) Seria uma boa-nova, se alguma pessoa ligada ao BNB, direta ou indiretamente, me concedesse a alegria de reaver, pelo menos, cópias dos meus três (3) contos (1960-Concurso de Histórias e Contos-BNB)
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Pedro Mallmann Filho/CAMILINHO
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