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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Área Ociosa - BB/Messejana

"A nova e suntuosa agência do Banco do Brasil, em Messejana, já está aquém do inevitável e rápido crescimento econômico, aqui, do nosso imenso e querido bairro".

As imagens, abaixo, denunciam o desperdício de espaço externo (Área ociosa), da agência, em dois ângulos - um visto pelo lado da Rua Cap. Francisco Pereira; outro, pelo lado da Rua Manoel Castelo Branco.

Em 1982, prestava eu meus serviços profissionais na Agência Centro do Banco do Brasil, lá, na Praça Nossa Senhora do Carmo, Centro de Fortaleza, quando recebi da Direção Geral do Banco, comunicado de minha remoção para Agência Metropolitana Presidente Castelo Branco, em Messejana. E, a partir do mês de novembro, daquele mesmo ano, passei a servir à agência bancária, que, então, se inaugurara, neste bairro tão, por mim, amado.

Era um desconfortável e provisório prédio, levantado em madeiras compensadas, que não representava coisa alguma, ante à realidade do desenvolvimento econômico de Messejana. E foi  deste modo que nós, todos os funcionários, sem exceção, iniciáramos valente e orgulhosamente, a existência de uma agência do Banco do Brasil S.A., neste bairro; a qual, alguns anos depois, passou a chamar-se "Agência Messejana".

Aos trancos e barrancos, a agência foi crescendo, satisfatoriamente, dentro dos padrões exigidos pela Direção Geral do Banco do Brasil; sempre, na esperançosa construção de suas novas e definitivas instalações, que fizessem jus, tanto ao seu quadro de funcionários, como à sua honrosa clientela. Só agora, trinta anos depois de sua inauguração, concretizou-se este grande sonho, para satisfação, mui especial, do povo messejanense.

Todavia, a menos de doze meses de sua reinauguração, as enormes e enfastiantes filas estão, também, a colorir o lado de fora daquela suntuosa agência... São muitos clientes à espera do acesso ao salão interno do estabelecimento. Outras filas enormes, lá dentro, irritam os que se dirigem aos caixas-eletrônicos, e os que procuram senhas para adentrar na agência, propriamente dita. Tudo isto sem levar em consideração o acesso individual, através da borboleta de segurança da própria agência.

À primeira vez que passei pela calçada daquela moderna agência do Banco do Brasil, tão logo me pus a fazer críticas, para comigo mesmo, sobre o exagerado desperdício de área externa, a qual me pareceu ser, à primeira vista, destinada a descanso ou entretenimento de clientes... Ou, para que? Melhor seria que sobrassem espaços, lá, dentro da agência... Assim, não haveria razão para tantas reclamações de inúmeros clientes, nos dias de agitado rush bancário.

Disse eu, anteriormente: "Engenharia despreparada"! Por que? Deduzo que o Banco despendeu bastante dinheiro, tentando solucionar, em definitivo, um problema de ordem estrutural de sua agência filial; e não pôde prever futuras necessidades de novos gastos astronômicos, para com novas reformas, naquilo que, há pouquíssimos meses, concluíra... Tudo por conta de pessoas que não têm exata vivência do cotidiano de um estabelecimento bancário. Pugno pela indicação de engenheiros, neste caso, que tenham profunda noção do dia-a-dia, na vida bancária. Se não, serão construídos monstrengos, os quais - mais cedo ou mais tarde - serão reformados, ou, quem sabe, reconstruídos.


Pedro Mallmann Filho-CAMILINHO

sábado, 18 de agosto de 2012

VERGONHA NACIONAL

POUCA VERGONHA, SENHORES PARLAMENTARES!




Noticia-se que se está sendo elaborado, no Congresso Nacional, um imundo projeto de lei que virá a delimitar o tempo de pagamento das pensões a viúvas, para até o prazo de dez anos, com a falsa e nojenta desculpa de que, com isto, se repararia danos na previdência social; se tais foram causados por ímpobros administradores.

Quem, jamais, poderiam ser responsabilizadas pelo absurdos excessos registrados, desde há tantos anos, na previdência social deste país, são as desditosas e indefesas pensionistas, as quais não têm culpa, absolutamente, pela indesejável viuvez. As pensões, em apreço, são direitos adquiridos. Extinguí-las, ainda que parcialmente, é ato inconstitucional e iníquo... Senhores parlamentares!

A princípio, os senhores haveriam, sim, que instituir leis específicas que venham a reduzir exorbitantes salários e a extinguir outras vergonhosas prerrogativas pecuniárias de todos os políticos deste nosso imenso país, sem exceção...Vereadores, prefeitos, desputados estaduais, deputados federais, senadores e, até mesmo, presidente. Dissipar-se-ia, assim, os supérfluos dispêndios, na economia nacional.

Com seus salários reduzidos, meus senhores, as suas escandalosas aposentadorias viriam a abrandar a escassez de numerários, nos cofres do nosso órgão máximo da previdência social (INSS). Daí, poder-se-ia dizer "dois coelhos pegos numa só cajadada"... O Estado poderia aplicar essa dinheirama, toda, em relevantes projetos sociais; e o INSS teria meios para aliviar a atualíssima e irrefreável crise, no setor público de saúde.

Ah! Os senhores não tiveram o menor sentimento de dignidade, quando não guardaram os direitos adquiridos pela classe operária, ao dilatar o prazo do tempo de serviços para aposentadoria, pois o trabalhador já ganha suado e minguado salário; a vista dos senhores, privilegiados pelas remunerações astronômicas e prasos ínfimos do tempo de serviços para suas enlameadas aposentadorias.

É demais vergonhoso, ainda, saber-se que, em tempo algum, ao mais vil político - resguardado pela famigerada impunidade parlamentar - não tenha sido cominado severas penas, por comprovado peculato; confiscando, inclusive, todos seus bens, como garantia de que, aos cofres do Estado, a monta do desfalque seja restituída, integralmente.

Ainda, há que se lamentar, pela decisão da benevolente CPI, que condena os parlamentares implicados nos chamados mensalinhos e mensalões, apenas, a prestar serviços sociais, durante curtíssimos períodos; e não lhes serão tomados os valores ou bens apropriados. Ih! Onde se encontrarão Rogério Magri e Jeorgina de Freitas, personagens da novela dos escândalos da previdência, no governo Collor de Mello... (!) Talvez, lá pelas bandas da Suíça, esbanjando o que, no Brasil, não lhe exigiram, de volta, aos cofres de nosso INSS; sempre, pessimamente administrado.

Pedro Mallmann Filho-CAMILINHO

terça-feira, 14 de agosto de 2012

REVERÊNCIA AOS XADREZISTAS

AH! QUEM DERA SER TREINADOR DE FUTEBOL... (!)

Nunca alimentei real interesse em aprender essas coisas da magia do jogo de xadrez, para o qual se requer de seus participantes, bastante atenção e sagacidade. É indispensável que um fino enxadrista esteja, a todo instante, atento às manobras do seu parceiro adversário; e saiba contrapor-se, com bastante sabedoria, às investidas antagônicas. Eu não tive a alegria de aprender a manusear aquelas dezesseis figuras encantadas... Que entretenimento fascinante!

No futebol, também, para ser considerado fino treinador de onze partícipes de um time, para o qual lhe seja atribuída esta função, requer-se os mesmos valores qualitativos apontados aos xadrezistas... Haja bastante concentração, no andamento da partida, aliada a uma malícia requintada, por ocasião das contraposições que se fizerem necessárias! Um treinador eficaz não pode deixar impercebido, ao menos, um só fato que venha a ocorrer, durante toda a peleja.

No jogo de futebol, entre Fortaleza e Santa Cruz, de Recife, o Vica, treinador do tricolor cearense, cometeu erro por deixar despercebido o fato de que os dois zagueiros do Santa Cruz já haviam tomado cartão-amarelo. Fez a primeira alteração, no time do Fortaleza, sobremaneira, descabida. E, felizmente, tudo deu certo. Mas, o Santa Cruz teve a excelente oportunidade para tentar reverter o placar a seu favor, não fôra haver perdido um lance de pênalti.

Ora! Se fôra eu, naquela ocasião, sacaria o Esley, volante (Eram três os volantes); faria o Assisinho voltar à posição de meia, junto ao Geraldo; e poria o baixinho Cléo Cambalhota, na frente, ao lado do atacante Wáldison, para fustigar os brutamontes zagueiros do Santa Cruz, até que um deles viesse a ser expulso, ao tomar o segundo cartão-amarelo. Cléo é veloz, astucioso e tem faro de gol. E, com suas firulas, anularia aqueles mostrengos zagueiros.

Nada, na vida, nos acontece, sem que tenhamos um certo equilíbrio emocional, para ajustarmos nossas ações, sobretudo nas horas das decisões inesperadas. Este equilíbrio emocional é, sem dúvida, a mais poderosa arma usada por todos os que praticam o jogo de xadrez.  E por que não aderir aos xadrezistas, adotando esta arma, senhores treinadores de futebol? É chegada a hora de mudar! Tenho profunda admiração por todos os amantes do mágico jogo de xadrez!


Pedro Mallmann Filho-CAMILINHO
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